Causando furor com o que sinto no meu universo pequeno e volátil de comercial de margarina, ponho-me a à prova do tempo, o verbal: Eu fui, sou ou serei? Como bem disse Amanda, às vezes "ensaudar-se" pode vir eternamente no gerúndio, atado a algo / alguém que não sabemos se foi ou se já era. Sempre precisei de um pouco de atenção, e pra ser bastante honesto comigo mesmo, nunca fui de agradecer muito. Mas quem sabe um dia essa existência frágil de proletário letrado não me imbua de algo bom? Quero dizer, sem demagogias póstumas, acho que certos limites foram ultrapassados com algumas pessoas.
Alguns escritores andam bufando e costurando meu nome na boca de sapo por aí. Se eu disser que não me chateio com isso seria hipocriasia, eu que me declino ao atrito com a sutileza de uma manada de elefantes albinos. MAs eles... eles não sabem da missa a metade sobre os demônios que carrego no umbigo.
Certas vezes, conjugando essa maldita que agora é verbo (a saudade), me pergunto se o espaço que coloco entre meu mundo e o seu é apenas uma limitação fronteiriça. Sempre estipulei entre mim e o universo alheio uma situação limítrofe bastante acentuada: Dessa linha pra cá sou eu, daqui pra lá é você. Isso não deve ser confundido com egoísmo nem individualsmo exacerbado. Um olhar menos afetado vai poder enxergar que o que faço é puro medo de ser pêgo de calças curtas.
A verdade do meu tempo verbal é o gerúndio, concordo com a guria. "Vou estar sendo" o tempo todo. MAs isso gera saudade, pois coloca as coisas num futuro tão próximo, mas intocável ainda.
Em certas tardes de feriado, como a última, prefiro ficar em casa jogando videogame. Por que sou um eterno covarde, vivo afinando pra mim mesmo. Embora carregue no olhar e no jeito impetuoso de ser a audácia dos canalhas, eu sei que sou apenas um criancinha brincando com um cavalinho de pau.
SERIA UM CAUBÓI SE TIVESSE MEIA CHANCE.